• Palmital, 29 de Abril de 2024.

Vereadores abrem CPI sobre merendas, uniformes e vagas na educação de São José dos Pinhais

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aberta pelos vereadores de de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), para investigar o problema de distribuição de merendas na cidade.
 
A abertura foi feita na terça-feira (5) durante a Sessão Ordinária. A CPI será composta por cinco vereadores. Além da falta de merenda, os parlamentares também devem investigar assuntos como ausência de uniformes e transportes, obras, reparos e vagas nas creches.
 
Os problemas começaram na sexta-feira (1º), após a empresa Objetiva Alimentação e Facilities, de São Paulo, assumir o serviço terceirizado. O administrador de contratos da empresa, Leonardo Carpaneda, disse que a distribuição deve ser normalizada na próxima segunda (11). 
 
Na terça-feira (5), terceiro dia do problema, 20 escolas e todos os CMEIs não tiveram aulas. Todas as escolas municipais e CMEIs estão sem aulas também nesta quarta-feira (6).
 
Conforme a prefeitura, a empresa Objetiva apresentou um "plano de ação abrangente" para solucionar os problemas identificados na distribuição dos alimentos. O plano está sob análise da Secretaria Municipal de Educação.
 
Sobre o caso, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) emitiu, na terça, uma recomendação administrativa para que o fornecimento de merenda escolar seja restabelecido imediatamente. O órgão afirma que se o município não demonstrar o cumprimento das determinações em até 24 horas, pode entrar com ações judiciais.
 
Por conta do impasse, o secretário de Educação, Aldrian Matoso, renunciou ao cargo. Na segunda-feira (4), ele chegou a dizer que a distribuição da merenda "estava se normalizando".
 

O que diz a empresa Objetiva

A empresa Objetiva foi contratada emergencialmente porque segundo a prefeitura, não era mais possível prorrogar o contrato das duas empresas anteriores que prestavam o serviço. Segundo o contrato, a terceirizada vai receber mais de R$ 24 milhões para prestar o serviço por 105 dias letivos.
 
O administrador de contratos da Objetiva explicou que, entre os motivos que levaram à falha na distribuição de alimentos, está o fato de que algumas escolas estavam sem utensílios básicos, como fogões e pias. A empresa alega que os itens foram retirados do local pelas empresas anteriores após o fim dos contratos.

Nestas instituições, segundo ele, foi servida comida pronta para que os alunos não ficassem sem as refeições.
 
"Peço um pouquinho mais de colaboração. A gente está fazendo de tudo pra que isso seja sanado. Não estou medindo esforços e estou completamente consternado comigo e com a empresa, porque sei que tive problemas", falou Leonardo Carpaneda.
 
Sobre a retirada de itens, a Risotolândia, uma das empresas que prestava o serviço, informou que retirou os materiais dentro do prazo estipulado a fim de "liberar espaços para a nova empresa".
 
A empresa Singular Serviços, que também atuava no antigo contrato, disse que no ato da publicação do contrato com a empresa Objetiva, manteve todos os equipamentos nas unidades escolares.



Fonte: G1/RPC PARANÁ