• Palmital, 15 de Maio de 2024.

Suspeitos de envolvimento com jogos de azar exibiam vida de luxo em redes sociais, diz polícia

A Polícia Civil do Paraná (PC-PR) afirma que os três suspeitos de envolvimento com jogos de azar exibiam uma vida de luxo nas redes sociais. Eles foram presos em uma operação realizada no último domingo (19).
 
As prisões aconteceram em Curitiba, Piraquara e Pinhais, na região metropolitana. A polícia também apreendeu carros e motos de luxo, além de dinheiro, armas de fogo e celulares.
 
De acordo com as investigações, os suspeitos atuavam em um jogo online chamado "Jogo do Tigrinho". Eles disponibilizavam um link que direcionava as vítimas para apostas em uma plataforma.
 
A defesa afirma que eles são "vítimas" do jogo.
 

Vida luxuosa


Imagens obtidas pela imprensa e que fazem parte do inquérito do caso mostram os suspeitos ao lado de carros luxuosos. Segundo a polícia, as gravações serviam como atrativo para que mais pessoas aderissem ao jogo.
 
De acordo com as investigações, Eduardo Felipe Campelo era o mais influente divulgador do esquema. Somente em uma rede social, ele tinha 500 mil seguidores, muitos, conforme a polícia, enganados com a promessa de ganhar dinheiro fácil.
 
Com o dinheiro do jogo, os suspeitos compravam casas e carros luxuosos, muitos deles importados. De acordo com o delegado Tiago Dantas, responsável pelo caso, somente Eduardo Campelo movimentou R$ 8,5 milhões.
 
Campelo viajaria para Dubai nesta segunda-feira (20), o que fez com que a polícia antecipasse a operação para o domingo.
 

O que é o "Jogo do Tigrinho" 

De acordo com a Polícia Civil, o "Jogo do Tigrinho" funciona como um caça-níquel online. A pessoa baixa o aplicativo, faz um cadastro e inicia as apostas.

Quanto maior o número de cadastrados, mais dinheiro os suspeitos ganhavam. Para atrair mais jogadores, eles postavam vídeos em que ganhavam uma aposta atrás da outra. Mas a polícia disse que tudo não passa de encenação.
 

O que diz a defesa dos suspeitos

Em nota, a defesa dos suspeitos presos disse que "eles não eram responsáveis pelos sorteios, que seriam feitos por uma plataforma chinesa".
 
A defesa sustenta que os três suspeitos "foram vítimas nesse caso, assim como os apostadores". Afirma também que eles "não sabiam que o negócio era ilícito e que só eram remunerados para fazer a divulgação do jogo".


Fonte: G1/RPC PARANÁ